domingo, 30 de janeiro de 2011

SOFRIMENTOS DE SARNEY

JM Cunha Santos

Na Justiça do Distrito Federal, que aqui ele não ganha uma, Sarney obrigou o Jornal Pequeno a lhe pagar uma indenização de R$ 20 mil por danos morais. Não vai ficar com o dinheiro. Doou, antecipadamente, para asilos no Maranhão. Não está incluso o Asilo de Ex-presidentes da República Maranhenses. Nem a Fundação José Sarney com seus meninos soprando gaitas e engolindo petróleo.


O relatório da decisão é esquisito. Diz que o valor da indenização deve levar em conta a repercussão do dano na esfera da vítima. (Opa, Doutor, o Jornal Pequeno nunca teve essa intenção!)


Destaca também o potencial econômico-social do obrigado ao ressarcimento. No início Sarney queria R$ 250 mil, ou seja, queria levar o Jornal Pequeno à falência. Essa, certamente, não foi a primeira nem será a última tentativa, mas o que chama a atenção são algumas das razões alegadas para o processo contra Lourival Bogea. Lourival é acusado de querer “destruir uma imagem criada por anos de sofrimento”. Abaixo alguns dos sofrimentos de Sarney:


a) Ser dono da Ilha de Curupu.


b) Ser proprietário do maior império de comunicações do Norte/Nordeste do Brasil.


c) É proprietário do Estado do Amapá.


d) Elegeu a filha governadora quatro vezes, com fraude ou sem fraude, com voto ou sem voto, na Justiça ou no tapetão, mas elegeu.


e) Foi encontrado petróleo no Convento das Mercês.


f) Dizem que é dono de um castelo medieval na Europa.


g) É membro não qualificado da Academia Brasileira de Letras.


h) Processos contra seus filhos são segredo de Estado, não só de Justiça.


i) É amigo de Lula, Eros Graus, Dilma Roussef, Silas Rondeau e Edemar Cid Ferreira.


j) Tem parentes, amigos e prepostos no Tribunal Regional Eleitoral, Tribunal de Justiça do Maranhão, Superior Tribunal de Justiça, Supremo Tribunal Federal e se duvidar até na Corte de Haia.


Fica a cargo do leitor completar o alfabeto.

CLEIDE COUTINHO PEDE TRATAMENTO IGUALITÁRIO PARA SAÚDE DE CAXIAS

JM Cunha Santos

 
A saúde continua sendo o calcanhar de Aquiles do governo do Estado. Ontem, em aparte a pronunciamento do deputado Arnaldo Melo, a deputada Cleide Coutinho alertou que a residência médica em Caxias corre sério risco de paralisia. Há dois anos o município não recebe recursos do Estado e a deputada, que também é médica e esposa do prefeito da cidade, Humberto Coutinho, afirma que já não há meios de manter a rede hospitalar. Nestes dois anos, a saúde do município perdeu R$ 20 milhões.


A parlamentar renovou, na sessão da sexta-feira, à governadora e ao secretário José Márcio Leite, o pedido de que seja revisto o corte desses recursos. A cidade precisa preparar médicos residentes dentro de dois meses e sem dinheiro não há como. Dois hospitais, Sinhá Castelo e João Viana, já fecharam e mais unidades hospitalares da região correm o mesmo risco. A macro-região de Caxias atende 48 municípios, cerca de 250 mil pessoas. È um universo de pacientes e como profissional da medicina Cleide Coutinho afirma que o estágio é imprescindível, mas não suficiente, é preciso que haja residência médica para a formação de bons profissionais.


“O que estou pedindo é um tratamento igualitário”, disse a deputada dando os exemplos de Imperatriz e Timon. A macro-região de Imperatriz, que atende a 1 milhão e 180 pessoas recebe mensalmente R$ 4 milhões do governo Roseana. Segundo ela, no ano passado, Imperatriz recebeu em recursos do Estado R$ 80 milhões.