quarta-feira, 15 de dezembro de 2010


* A morte súbita da Rôsinha nos deixou tristes e pesarosos por este lamentável fato. Minha prima-irmã deixou a todos da família e amigos profundamente abalados e o que nos consola é saber de sua vocação cristã e seu talento imenso em zelar as amizades e o carinho que sempre com aquele sorriso maravilho no rosto nos cativava e nos deixava sempre alegres. É esta a imagem que vamos ficar dela para sempre;

* O Prefeito Chico Cunha em conversa comigo no velório da Rôsinha me contou das dificuldades que passa a prefeitura de Tuntum e que agora em janeiro próximo deverá acontecer um enchugamento da folha. Vem em boa hora, esperamos que nosso prefeito não chegue nos pequenos funcionários com o enchugamento;

* Dr. Tema sempre acompanhado pela esposa Danielle me contou que tem um trunfo prá derrubar quem tentar frustar sua tentaiva de chegar de novo - ou ela - à prefeitura. Nisso eu acredito, e nem precisa de trunfo. Tema é forte;

* Pires Léda enquanto descansa carrega pedra. Visitando sempre a zona rural;

* Tem blogueiro na cidade que está esquecendo que tem mais gente no páreo para a vereança. E é cabra pesado com apoio forte.

VAZOU NA INTERNET: O carteiro deixou cair nas mãos dos blogueiros a carta do Lula ao Papai Noel

A morte é a carona

Emerson Araújo


Nunca me detive para refletir sobre a morte. Sei que ela é um fato da vida sem contestações e que ela virá impávida, provocando lágrimas derramadas em todos os rios e clamor, muito clamor pela perda invariavelmente de amigos, parentes, colegas e até dos desafetos reais e que imaginamos existir. A morte como diriam os filósofos das calçadas e praças é morte e, como tal, merece a nossa mais pura abominação.

É, mas devo baixar todas as guardas mediante a morte, pois ela é atrevida por excelência e não escolhe hora, dia, família, saudade, ente querido ou não, situações, classe social. Que os digam o soluço contido de Tio João Afonso e o choro de Tia Jesus desde sábado quando do falecimento da professora Rose (Rosinha para a família) em Teresina. Como diria o versículo bíblico: “...o tempo é de dor e ranger de dentes...”. Em Tuntum, os dias, à medida que avançam, são mais tristes e a partida súbita de Lúcia configura um vazio ruim em todos nós.

E não me venham com palavras de esperança subtraídas de clichês previsíveis, sabemos nós, de formação cristã, que existe uma vida após a morte, mas para as famílias Feitosa e Moura, neste momento, isso não basta porque a doença auxiliou a tal morte para ceifar na tenra idade a nossa Lúcia Rose, como seu jeitinho frágil, alegre nos dias de domingo em frente ao “Armazém presente que Deus me deu”. A Rosinha, talvez, fosse a única pessoa do mundo a colocar um sorriso largo na face carrancuda de Tio João Afonso. Daí a minha revolta emocional sem metáforas latentes, também, contra a doença que mata e não pede licença, dando alimentação para a morte nos impedir de conviver com quem queremos, quem amamos, neste amor dito incondicional.

Devo imaginar, por fim, das tristezas estampadas na face dos dois filhos de Rose, do marido Chico do Lelé, dos irmãos Assis e Margarida, dos pais (não consigo ser impessoal quando estou em frente ao sofrimento de Tio João Afonso e de Tia Jesus), dos tios próximos e distantes, dos primos, dos colegas de trabalho, alunos, afilhados e amigos. Todos consternados sem “cair a ficha” como tem dito Jonas Filipe (meu filho, sobrinho da Tia Rosinha como ele a chamava).

Porém existe uma dor de cronista que agora se desfaz em lágrimas, a minha, pois a morte, este estupro a vida, subtraiu a presença da Rose (minha prima-irmã) de todos, justamente no dia do meu aniversário. Acredito que a famigerada morte quis me penalizar ainda mais, talvez porque manuseio mais ou menos as palavras do sentimento e do espanto. Em razão disso duas coisas moteio aqui, o onze de dezembro se tornou trágico e a morte conseguiu ser minha desafeta eterna.

(*) Emerson Araújo – é professor, poeta e cronista.

Nota do Blog.: Vou tentar me conter com a crônica do Emerson, pois não tenho ainda condições de escrever nada que trate do deparecimento da Rosinha. Os olhos inundados não permitem.
Ronald