terça-feira, 5 de abril de 2011

DEP. CLEIDE FAZ PRONUNCIAMENTO DESTACANDO ENTREGA DE CASAS EM CAXIAS


A deputada Cleide Coutinho (PSB) destacou na sessão desta segunda-feira, 4, o sorteio de duas mil unidades habitacionais no município de Caxias, resultado do programa Minha Casa, Minha Vida, do governo federal, em convênio com a prefeitura de Caxias. As casas beneficiaram diretamente 15 mil pessoas.
Cleide Coutinho afirmou que o trabalho está registrado na publicação da revista “A Conquista da Cidadania”, de Caxias, distribuída na última terça-feira (29). “A revista mostrou, através de relatos e fotografias, a realização do maior programa de habitação do Maranhão e também, com certeza, um dos maiores do Nordeste”.
Segundo Cleide Coutinho, dez mil pessoas foram inscritas pelo programa. Ela lembrou ainda que, por se tratar de um programa do governo federal, os beneficiados deveriam atender aos critérios adotados pela Caixa Econômica Federal (CEF), antes de se submeterem ao sorteio.
Sobre os critérios, ela explicou que o número mínimo de habitantes por residência deve ser de quatro pessoas, com renda per capita inferior a R$ 350.
“O sorteio foi realizado por uma empresa idônea, credenciada pela Caixa Econômica Federal, e aconteceu com a presença de milhares de pessoas e diversas autoridades, não só municipal e estadual, mas também federal”, declarou Cleide Coutinho.
Dentre as autoridades, estavam presentes o ministro de Minas e Energia, Edson Lobão, e o secretário estadual de Coordenação Política e Articulação dos Municípios, Ildon Rocha, representando a governadora Roseana Sarney. O superintendente regional da Caixa Econômica Federal, Valdenilson Almeida, também acompanhou o evento, acompanhado de outros representantes da CEF.
De acordo com Cleide Coutinho, das unidades sorteadas, 5% foram reservadas para pessoas com deficiência, sendo adaptadas para necessidades especiais. Outros 6% foram reservados para portadores de doenças crônicas e mais 3% para idosos.
AS CASAS
Cada unidade habitacional foi construída dentro de uma área de 42,22 m², com dois quartos, sala, cozinha, terraço e área de serviço. Ela destacou que o projeto original prevê uma área de 35m², mas o prefeito Humberto Coutinho interveio no sentido de aumentar essa dimensão.
“A contrapartida da prefeitura municipal foi com transporte coletivo, coleta de lixo, escola, postos médicos, hospitais e isenção parcial de tributos e taxas. Além disso, a Prefeitura vai fazer igreja, praça com lazer e ginásio coberto”, acrescentou Cleide Coutinho.
MAIS MORADIAS
Durante o pronunciamento, Cleide Coutinho destacou que, além das duas mil moradias, o prefeito Humberto Coutinho já entregou à população de Caxias outras 4.652 residências, que estavam em situação precária ou localizadas em área de risco. Ao todo, a atual gestão municipal já teria entregue 6.632 moradias.

Da Assessoria

Jackson: Por Edson Vidigal

Só há tempo para o viver. Entre o nascer e o morrer só o tempo para o viver. Nascer é chegar ao mundo, abrir-se para a vida e seguir o destino pela estrada que, um dia, terá fim. Ou nunca terá fim.

Para muitos, a estrada tem fim. A viagem acaba com a chegada da morte. Nascer não é inevitável. Morrer para muitos é inevitável. Há aqueles para quem a estrada nunca acaba porque apesar da morte, prosseguem.

Prosseguem no exemplo, nos ideais de luta, não a luta pelo mal aos outros, mas a luta buscando o bem dos outros.

O Jackson se inscreve agora entre aqueles para quem a estrada da vida não acabou. Aqueles que sobrevivem à própria morte.

O Jackson médico, trabalhou seu oficio curando doentes, ajudando a salvar vidas, espantando as lamurias que a morte leva às casas dos enfermos.

O Jackson professor soube inspirar seguidores, disseminando o que aprendeu em técnicas, erudição, experiência e conhecimentos.

O Jackson político, que administrou a Capital por três vezes, sempre bem avaliado, era querido pela população porque fazia da política não a arte do possível como muitos ainda entre nós a praticam no mal sentido, achando que esse possível se encerra na possibilidade das coisas sempre para eles, a favor deles, do patrimônio político e também do patrimônio pessoal deles.

O Jackson político fincava sua ação em princípios rígidos, dos quais ninguém o arredava. Não concebia a vida política fora dos parâmetros republicanos e democráticos.

Homem público, no exemplo que o Jackson buscava intensamente transmitir, não podia ter outros compromissos que não os fossem, primeiramente, com o coletivo. Era assim, beirando muitas vezes a um remansoso romantismo, o seu jeito de gerenciar a coisa publica.

Antes da morte física de agora ha pouco, o Jackson já havia sofrido uma tentativa de morte política quando lhe arrebataram covardemente, ainda no primeiro biênio, o mandato de Governador eleito pela maioria do Povo do Maranhão.

Depois, nas eleições seguintes, ele novamente concorrendo para se submeter a um novo julgamento, querendo tirar a prova dos nove, foi vitima de novo atentado com a bazófia da inelegibilidade que lhe inventaram e que a morosidade judicial ajudou a prosperar.

O Jackson não era inelegível coisa nenhuma. Eu me esguelava garantindo isso nos comícios, na campanha inteira, ao lado dele.

Quando a Justiça eleitoral, em sua fama de que tarda, mas não falha, mas falhando porque tardia, disse que não havia mesmo inelegibilidade nenhuma contra o Jackson, a tendência forte que antes lhe era favorável já se contaminara pela mentira espalhada pela má fé e, assim, perdia apoios.

Assim, derrotado, covardemente derrotado, logo no primeiro turno, o Jackson gladiador da resistência republicana e democrática no Maranhão foi a nocaute.

O que lhe causou, enfim, a morte física não foi o câncer que já acompanhava e com o qual convivia em alguma harmonia há algum tempo. Nem a pneumonia que se aproveitando da sua baixa resistência decorrente da quimioterapia.

O que o abateu mesmo foi a depressão profunda em que mergulhou decepcionado com os falsos e envergonhado por ter dedicado todo o tempo em que passou palmilhando a estrada na luta pelos outros e vendo a vitoria definitiva quase chegando ter acreditado em uns tantos em quem não valeu a pena confiar.

Como naquele verso de Fernando Pessoa, estou hoje perplexo como quem pensou, achou e esqueceu...

Morre Jackson Lago, ex-governador do Maranhão



Por Luís Cardoso


O ex-governador lutava contra um câncer de próstata.

Morreu na tarde desta segunda-feira (4), às 17h50, vítima de um câncer de próstata, o ex-governador do Estado do Maranhão e ex-prefeito de São Luís, Jackson Kléper Lago, 76 anos.

Lago estava internado desde quarta-feira (30), devido ao estado febril, falta de ar e cansaço, decorrentes de um tratamento contra o câncer de próstata, na Unidade Coronariana (espécie de UTI), do Hospital do Coração, em São Paulo, depois de uma piora no seu estado de saúde.

Médico de formação, Jackson Lago foi governador do Maranhão de 2007 a 2009, quando foi cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral – TSE. Também foi prefeito de São Luís por três mandatos (1989-1992, 1997-2000 e 2001-2002). Devido à doença, estava licenciado da vice-presidência do PDT.

O velório deve acontecer no prédio da Assembleia Legislativa hoje (05). Os deputados estaduais fizeram um minuto de silêncio durante a sessão desta segunda-feira (04).

A governadora Roseana Sarney decretou luto oficial de três dias no Estado, pela morte do ex-governador. A Assembleia Legislativa também decretou luto oficial de três dias.