terça-feira, 25 de maio de 2010

EXTRA-OFICIAL: RICARDO PODE TER ROMPIDO COM ROSEANA


Informações extra-oficiais que chegam ao blog dão conta de que o deputado estadual Ricardo Murad teria rompido com a governadora Roseana Sarney. O parlamentar deu prazo até este final de semana para que Roseana assinasse seu ato de renomeação para a Secretaria de Saúde, o que não aconteceu. Ameaçou até fazer uma greve de fome, mas de nada - até agora - adiantou. Uma fonte próxima a Jorge Murad - marido de Roseana e que torcia contra a volta do irmão para a pasta - revelou que Ricardo teria anunciado a assessores e pessoas mais próximos do seu grupo a decisão de romper com a governadora.Ricardo disse que aguarda apenas uma última conversa com o senador José Sarney, a fim de encontrar uma solução definitiva para a situação. Caso não prosperasse as negociações, afirmou que voltará a fazer oposição ao grupo que ocupa provisoriamente o Palácio dos Leões.O principal motivo do entrevero entre Ricardo e Roseana se deu em função dela não tê-lo reconduzido para a Secretaria de Saúde. A governadora decidiu por manter o médico Luis Alfredo Guterres no comando do órgão.No domingo retrasado, Ricardo Murad quis demitir Luiz Alfredo sem consultar a governadora Roseana Sarney. Apenas pôs a notícia em um blog do Imirante dizendo que voltaria à secretaria desistindo de sua reeleição a deputado “pelo bem do povo do Maranhão”. Crítico da demasiada “ocupação de espaços” do irmão no governo, Jorge Murad aconselhou a mulher, Roseana, a resistir às pressões de Ricardo. A filha adotiva da governadora, Rafaela, também entrou no circuito, a favor de Luiz Alfredo.O atual marido de Rafaela, o bacharel em Direito Luiz Gustavo Amorim (filho de Leomar Barros Amorim de Sousa, desembargador federal e membro do Conselho Nacional de Justiça - CNJ), é sobrinho de Luiz Alfredo.
Do Blog do John Cutrim

PCdoB, PT e PSB apresentam chapa no Maranhão


Integrantes do PT, PSB e PCdoB apresentaram em entrevista coletiva os integrantes da chapa formada pelos três partidos e que deverá disputar as eleições de outubro. A chapa é encabeçada pelo deputado federal Flávio Dino (PCdoB), que será candidato ao governo do estado. A coligação traz como vice a ex-deputada Terezinha Fernandes (PT) e como candidatos a senador o ex-governador José ReinaldoTavares (PSB) e Bira do Pindaré, indicado pelo PT.

A chapa foi definida durante o segundo encontro de definição de tática eleitoral do partido, ocorrido nos dias 21 e 22 de maio. A atividade faz parte do cumprimento do calendário de atividades estabelecido pela direção nacional do PT e reuniu 89 delegados – dois a mais que a maioria que decidiu pelo apoio a Flávio Dino nos dias 26 e 27 de março.

Na última sexta-feira, um ofício da direção nacional do PT afirmou que a situação maranhense estaria em pauta na Convenção Nacional do partido, a ser realizada em junho. A pré-candidata Terezinha Fernandes, porém, garantiu a legalidade do ato político realizado no final de semana. “Não estamos de maneira nenhum confrontando a direção do partido ou o presidente Lula. Estamos cumprindo aquilo que a maioria dos petistas do Maranhão decidiu”, disse ela, lembrando que a coligação representará um palanque forte para a candidatura da ministra petista Dilma Roussef.

Frente popular


O pré-candidato ao Senado e secretário de formação do PT no Maranhão, Bira do Pindaré, lembrou ainda que a aliança montada entre PT, PcdoB e PSB no Maranhão é a mesma montada em 1989, primeiro ano em que Lula concorreu à Presidência da República, e em 2006, quando o presidente concorreu à reeleição. Para Bira, isso é mais um indício de que os componentes da chapa são aliados históricos. “Temos um compromisso com a democracia e com o povo maranhense, que precisa sair da miséria e do abandono”, disse.

O deputado federal Flávio Dino, que é pré-candidato ao governo do estado, agradeceu o apoio dos partidos aliados e elogiou as escolhas feitas pelo PT e pelo PSB. “Temos candidatos com experiências diferentes, trajetórias diferentes, mas é isso que traz o enriquecimento dessa nossa chapa”, avaliou.

Em seu discurso, Flávio Dino reforçou com os militantes e a
imprensa o compromisso de fazer um governo voltado para os interesses dos movimentos sociais e as camadas da população mais pobres, buscando o desenvolvimento do Maranhão, com responsabilidade e sustentabilidade. O pré-candidato também lembrou o Encontro Nacional do PCdoB, ocorrido em São Paulo no último final de semana. Na ocasião, o partido decidiu por unanimidade reforçar o apoio à candidatura de Flávio para o governo.

Flávio Dino também pediu uma salva de palmas para homenagear os três jornalistas maranhenses falecidos na última semana: Jurtivê Macedo, Walter Rodrigues e Telma Borges.

“Camisa não vota”

Vice-presidente do PT do Maranhão, Augusto Lobato disse não acreditar que vá haver intervenção da coordenação nacional na legenda no sentido de revogar o apoio ao PCdoB.

Atualmente o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Flávio diz ter certeza que a maior parte do PT, mesmo a parcela nacional da legenda, deseja a sua candidatura. De acordo com as pesquisas de intenção de voto realizadas até o momento, Flávio Dino ocupa o terceiro lugar nas intenções de voto e registrou crescimento de quase 5% no último mês. Ele credita ao rápido crescimento as tentativas de dificultar a sua candidatura. “Já ultrapassou muito a fronteira normal da política e virou quase uma tentativa de coação”, definiu

Flávio Dino relembrou ainda que a aliança construída este ano no Maranhão é idêntica à da última eleição presidencial. “Em 2006, fizemos a mesma aliança e não houve intervenção nem anulação nem nada. Por que agora?”, questionou. E completou, confirmando que seria candidato ao governo mesmo que o apoio do PT não se concretizasse. “Mesmo que fosse forçado o apoio aos nossos adversários, eles levariam só o cartório, isto é, só o tempo de campanha e as camisas. Só que camisa não vota, e os corações estariam com a gente”, concluiu.

Da redação

Esquenta a temperatura da sucessão da biônica Roseana Sarney

Ontem foi um dia importante na definição das chapas majoritárias que disputarão as eleições de 2010 no Estado.

Em reunião realizada na sede do diretório regional do PSDB, no bairro do Renascença I em São Luís, o PDT, PSDB, PPS e PTC acertaram a composição da chapa: Jackson Lago, do PDT, para candidato a governador e o deputado federal Roberto Rocha e o ex-presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, para as duas vagas ao Senado.

O candidato a vice de Jackson também será indicado pelos tucanos e a escolha será entre o pastor Porto, Vidigal e do próprio Rocha.

No mesmo horário na sede do PT/MA, na Rua do Ribeirão, no centro da capital, aconteceu um encontro que reuniu a ala anti-Sarney do PT, o PC do B e o PSB.

Foi ratificada a candidatura de Flávio Dino a governador e apontado o nome da ex-deputada federal Terezinha Fernandes, do PT, para ser candidata a vice de Flávio.

O PSB indicou o nome do ex-governador José Reinaldo Tavares para disputar uma das vagas ao Senado e o PT também indicou o nome de Bira do Pindaré para disputar a segunda vaga da coligação ao Senado.

A posição oficial do PT no Maranhão só deverá ser definida em um encontro nacional do PT em junho. A ala sarneysista do PT/MA entregou um abaixo-assinado para a direção nacional, com a assinatura de supostos 90 delegados, mas a manobra foi ilegal, sem respaldo do regimento interno da agremiação de Lula.

O que vale até agora foi a decisão oficial tomada em encontro realizado no final de março. Numa votação apertada entre os 175 delegados ao encontro, a maioria (87 a 85) decidiu apoiar a candidatura de Flávio Dino a governador do Maranhão.

No final de semana que passou a revista semanal Veja publicou uma matéria da jornalista Sofia Krause, que denunciou a tentativa de compra de três delegados do PT/MA a R$ 20 mil para assinarem o abaixo assinado pró Roseana Sarney.

O deputado federal Domingos Dutra afirmou que a ala pró Sarney não poderia ter apresentado um abaixo assinado com 90 nomes. Segundo ele algumas assinaturas podem ter sido falsificadas e outras colocadas no documento sem autorização de delegados.

A decisão final será da direção nacional do PT, claramente favorável a uma coligação com o PMDB de Sarney.

Lula preferia não precisar intervir no diretório regional do PT/MA para evitar o desgaste político, mas pela resistência da maioria do partido daqui, não haverá alternativa senão intervir.

Roseana contará com o maior cabo eleitoral da história brasileira, o presidente Lula, com o tempo de TV do PT e o monopólio de Dilma Roussef em seu palanque, mas terá o apoio de um partido dividido e completamente desmoralizado.

Muita água vai passar embaixo da ponte da sucessão maranhense ainda. Vamos aguardar!
Do Blog do Marcos Nogueira