terça-feira, 25 de maio de 2010

PCdoB, PT e PSB apresentam chapa no Maranhão


Integrantes do PT, PSB e PCdoB apresentaram em entrevista coletiva os integrantes da chapa formada pelos três partidos e que deverá disputar as eleições de outubro. A chapa é encabeçada pelo deputado federal Flávio Dino (PCdoB), que será candidato ao governo do estado. A coligação traz como vice a ex-deputada Terezinha Fernandes (PT) e como candidatos a senador o ex-governador José ReinaldoTavares (PSB) e Bira do Pindaré, indicado pelo PT.

A chapa foi definida durante o segundo encontro de definição de tática eleitoral do partido, ocorrido nos dias 21 e 22 de maio. A atividade faz parte do cumprimento do calendário de atividades estabelecido pela direção nacional do PT e reuniu 89 delegados – dois a mais que a maioria que decidiu pelo apoio a Flávio Dino nos dias 26 e 27 de março.

Na última sexta-feira, um ofício da direção nacional do PT afirmou que a situação maranhense estaria em pauta na Convenção Nacional do partido, a ser realizada em junho. A pré-candidata Terezinha Fernandes, porém, garantiu a legalidade do ato político realizado no final de semana. “Não estamos de maneira nenhum confrontando a direção do partido ou o presidente Lula. Estamos cumprindo aquilo que a maioria dos petistas do Maranhão decidiu”, disse ela, lembrando que a coligação representará um palanque forte para a candidatura da ministra petista Dilma Roussef.

Frente popular


O pré-candidato ao Senado e secretário de formação do PT no Maranhão, Bira do Pindaré, lembrou ainda que a aliança montada entre PT, PcdoB e PSB no Maranhão é a mesma montada em 1989, primeiro ano em que Lula concorreu à Presidência da República, e em 2006, quando o presidente concorreu à reeleição. Para Bira, isso é mais um indício de que os componentes da chapa são aliados históricos. “Temos um compromisso com a democracia e com o povo maranhense, que precisa sair da miséria e do abandono”, disse.

O deputado federal Flávio Dino, que é pré-candidato ao governo do estado, agradeceu o apoio dos partidos aliados e elogiou as escolhas feitas pelo PT e pelo PSB. “Temos candidatos com experiências diferentes, trajetórias diferentes, mas é isso que traz o enriquecimento dessa nossa chapa”, avaliou.

Em seu discurso, Flávio Dino reforçou com os militantes e a
imprensa o compromisso de fazer um governo voltado para os interesses dos movimentos sociais e as camadas da população mais pobres, buscando o desenvolvimento do Maranhão, com responsabilidade e sustentabilidade. O pré-candidato também lembrou o Encontro Nacional do PCdoB, ocorrido em São Paulo no último final de semana. Na ocasião, o partido decidiu por unanimidade reforçar o apoio à candidatura de Flávio para o governo.

Flávio Dino também pediu uma salva de palmas para homenagear os três jornalistas maranhenses falecidos na última semana: Jurtivê Macedo, Walter Rodrigues e Telma Borges.

“Camisa não vota”

Vice-presidente do PT do Maranhão, Augusto Lobato disse não acreditar que vá haver intervenção da coordenação nacional na legenda no sentido de revogar o apoio ao PCdoB.

Atualmente o terceiro colocado nas pesquisas de intenção de voto, Flávio diz ter certeza que a maior parte do PT, mesmo a parcela nacional da legenda, deseja a sua candidatura. De acordo com as pesquisas de intenção de voto realizadas até o momento, Flávio Dino ocupa o terceiro lugar nas intenções de voto e registrou crescimento de quase 5% no último mês. Ele credita ao rápido crescimento as tentativas de dificultar a sua candidatura. “Já ultrapassou muito a fronteira normal da política e virou quase uma tentativa de coação”, definiu

Flávio Dino relembrou ainda que a aliança construída este ano no Maranhão é idêntica à da última eleição presidencial. “Em 2006, fizemos a mesma aliança e não houve intervenção nem anulação nem nada. Por que agora?”, questionou. E completou, confirmando que seria candidato ao governo mesmo que o apoio do PT não se concretizasse. “Mesmo que fosse forçado o apoio aos nossos adversários, eles levariam só o cartório, isto é, só o tempo de campanha e as camisas. Só que camisa não vota, e os corações estariam com a gente”, concluiu.

Da redação

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