quinta-feira, 27 de maio de 2010

FLÁVIO DINO E A VITÓRIA DO POSSÍVEL


por Márcio Jerry*

Há um espaço político no estado que, em linhas gerais, resulta de um lado, do enfraquecimento da longa hegemonia da família Sarney, derrotada pelo voto popular em 2006 e reconduzida ao comando do Maranhão por decisão judicial em 2009; e de outro, pela frustração com o curto período governado pelo bloco liderado pelo PDT com forte presença do PSDB. É nesse contexto que se formou e ganhou destaque a forte liderança do deputado federal Flávio Dino, pré-candidato ao governo do campo democrático e popular.

O sentimento de renovação e mudança é visível na população e atestado em pesquisas. Cerca de 62% do eleitorado manifesta-se claramente predisposta a apostar num projeto capaz de arejar a cena política maranhense e conduzir o estado a um outro patamar de desenvolvimento.

Existe, ademais, um desejo difuso de alternância democrática. Afinal, desde 1965, exceto um curto período, o governo foi exercido por membros da família Sarney ou por seus aliados políticos. “É a hora da renovação e da mudança”, escuta-se por todos os cantos do Maranhão.

A pré-candidatura de Flávio Dino representa também uma alternativa local no jogo político nacional, dada a necessidade de se oferecer à candidatura presidencial de Dilma Rousseff (PT) um palanque com espaço para os movimentos sociais e os setores progressistas da sociedade que não se alinham, nem votam, na candidatura de Roseana Sarney, que também apoia Dilma. É uma candidatura, portanto, que reforça a de Dilma no Maranhão e o faz naquilo que está no centro estratégico dos desafios presentes e futuros: fortalecer a esquerda no bloco de sustentação do futuro governo.

A pré-candidatura de Flávio Dino iniciará a campanha em julho ostentando índice de intenção de voto superior a 20%, portanto com um imenso ativo político a ser explorado e transformado numa imensa, vigorosa e apaixonante onda vermelha capaz de ir ao segundo turno e à vitória final. A conclusão não deriva de uma avaliação abstrata, espontaneísta, mas está calcada na leitura do que as pesquisas apontam e, sobretudo, no entusiasmo que o nome de Flávio Dino desperta em amplos e variados setores sociais.

Por isso tudo é que se acentua a importância estratégica da aliança com o PT, já que se trata claramente de reforçar um projeto democrático e popular, eleitoralmente viável e capaz de liderar a realização de mudanças profundas num estado que, a despeito das potencialidades naturais, amarga os piores indicadores sociais de todo o país. Como se sabe, o encontro estadual do PT decidiu caminhar ao lado de seus aliados históricos PCdoB e PSB em torno da candidatura de Flávio Dino. Mas os que foram derrotados insistem em alinhar o partido ao PMDB e à candidatura de Roseana Sarney, que tentará em outubro um mandato para governar o Maranhão pela quarta vez.

A batalha do Maranhão em 2010 será entre o passado e o futuro, o moderno e o arcaico, o novo e o velho, a republicanização e a patrimonialização, entre um Maranhão forte e justo e outro atrasado e injusto. O PCdoB e seus aliados estão convictos de que está em curso uma batalha que poderá mudar profundamente os destinos do Maranhão. E desde já há nessa batalha muitos sinais de vitória.

*Presidente do Comitê Municipal do PCdoB de São Luís e coordenador da campanha Flávio Dino

DA COLUNA DO NOBLAT:

DEU EM O GLOBO
Distância do Maranhão
Ilimar Franco:

O PT nacional está sendo constrangido a não intervir no Maranhão. Não quer melindrar o PCdoB, que lançou a candidatura do deputado federal Flávio Dino ao governo. A governadora Roseana Sarney (PMDB) não se conforma.

DIRETÓRIO NACIONAL DO DEM DECIDE QUE PARTIDO IRÁ AJUDAR MONTAR PALANQUE DE SERRA; DECISÃO FORÇA APOIO A JACKSON LAGO NO MA

Enquanto Roseana briga pelo apoio do PT, o Diretório Nacional do DEM decidiu levar o partido para os braços da candidatura de Jackson Lago. A proposta, segundo informou o presidente nacional da legenda, deputado Rodrigo Maia, é ajudar a candidatura de José Serra.Lago terá o apoio do PSDB à sua candidatura ao governo do Maranhão, partido que matem uma aliança a nível nacional com o DEM em torno da campanha de Serra. “O PT prioriza suas alianças regionais, porque o DEM também não deve priorizar”, disse Maia.Confirmada a aliança, caberá ao DEM do Maranhão indicar o vice na chapa de Jackson Lago. O nome mais cogitado até o momento é o do deputado Clóvis Fecury. Um dos principais fatores que motivou a decisão dos democratas maranhenses é o resultado do desprestígio do governo Roseana com seus membros.Em entrevista ao Jornal Folha de São Paulo, Rodrigo Maia ainda completou: “Se o PT tem prioridade de eleger Dilma, nós do Democratas temos obrigação de eleger o Serra”, afirmou.
Do blog do John Cutrim

Holanda denuncia: governo faz politicagem com a Saúde

O líder da Oposição na Assembleia Legislativa, deputado Edivaldo Holanda (PTC), declarou na manhã desta quarta-feira (26) que são cada vez maiores as evidências de que o Governo do Estado está fazendo politicagem na área da saúde. O descalabro na rede hospitalar do Estado, segundo o deputado, é fruto de uma idéia megalomaníaca do ex-secretário de Saúde, Ricardo Murad, que, com a chancela da governadora Roseana Sarney Murad, inverteu a lógica do Sistema Único de Saúde (SUS) e deu início à construção de 78 hospitais.

“O que se assiste hoje em nosso Estado é esta perversa politicagem, que se traduz em uma versão eleitoreira para ganhar uma eleição com dinheiro público”, declarou Edivaldo Holanda, lembrando que quando Ricardo Murad assumiu a Secretaria de Saúde do Estado ele conseguiu desmontar toda a sistemática do SUS no Maranhão.

Em seu discurso, Edivaldo Holanda enfatizou que, diferentemente da governadora Roseana Sarney Murad, o então governador Jackson Lago, de forma planejada, concebeu a construção de cinco hospitais regionais para dar conta da problemática da saúde no Estado. O primeiro hospital foi construído em Presidente Dutra, inicialmente para atender 35 municípios, e hoje atende cerca de 50 municípios devido à grande necessidade de um hospital de referência na região dos Cocais.

Além do hospital regional de Presidente Dutra, estava previsto o hospital regional de Pinheiro, para onde foram alocados recursos da ordem de mais de R$ 10 milhões. Este hospital seria construído para atender todo o Alto Turi e toda a Baixada Maranhense. Outro hospital regional seria em Imperatriz, para atender toda a região Sul e Tocantina.

“Este foi o plano de um governo realizado com planejamento. Ou seja, a edificação de cinco hospitais regionais para atender o Maranhão, para desafogar São Luís, para desafogar Teresina”, frisou o líder da Oposição, assinalando ainda que os cinco hospitais regionais não seriam construídos diretamente pelo governador ou pelo secretário de Saúde, pois eram recursos transferidos para os municípios a fim de que os prefeitos administrassem as obras de edificação.

SEQUESTRO DE RECURSOS

De acordo com Edivaldo Holanda, os recursos dos convênios que o governo Jackson Lago havia destinado a dezenas de municípios já estava nas contas das prefeituras, mas após a cassação do mandato de Jackson Lago, foram seqüestrados pela governadora Roseana Sarney. Uma vez mais, o líder da Oposição manifestou sua preocupação com a construção dos hospitais anunciados por Ricardo Murad.

“Se algum hospital desses for concluído, o prefeito que se lixe, ele é que vai ter de administrar a contratação de médicos, de enfermeiros, corpo técnico, medicamentos, tudo. Coisa que o município não vai conseguir, porque é caríssimo manter um hospital desses no interior do Estado. Eles ficam com o bônus e entregam o ônus para os prefeitos”, afirmou Holanda.

Ele encerrou seu discurso com uma mensagem de esperança, dizendo que o povo dará resposta nas urnas a tanto descalabro. “As forças da Oposição começam a se alinhar, começam a se preparar para a grande marcha da vitória, da libertação outra vez deste Estado e desta vez sem interrupção judicial. Chega de pouca vergonha!”, enfatizou o deputado.
fonte: Assessoria do dep. Edivaldo Holanda