terça-feira, 15 de março de 2011

EMPRESAS DA ‘MÁFIA’ DOS RADARES E BARREIRAS ELETRÔNICAS NA PREFEITURA DE SÃO LUÍS

Do Blog do Itevaldo

Duas das quatro empresas mostradas na reportagem a “Máfia das multas e lombadas eletrônicas fatura R$ 2 bi por ano”, no programa Fantástico (domingo, dia 13,) e ontem, dia 14, no Jornal Nacional, ambos da Rede Globo, tem contrato ou já trabalharam para a Prefeitura de São Luís. São elas: Dataprom e Perkons.

A reportagem mostrou um encontro do repórter Giovani Grizotti, com Alexandre Matschinke, vendedor da Dataprom, que revela uma cena de corrupção explícita.

“Se tu me ‘der’ abertura para eu ir lá e montar o teu projeto inteiro, ‘você’ vai me falar: ‘Eu quero 15%, eu quero 10%’. Eu coloco isso no valor”, diz Alexandre Matschinke.

A empresa Dataprom é quem fornece os serviços de Bilhetagem Eletrônica para a Prefeitura de São Luis, contratada numa licitação sob suspeita na gestão de Canindé Barros, na então Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (Semtur, hoje SMTT).

Quando da elaboração do edital da concorrência ocorreram várias impugnações, pois havia indícios que a especificação do equipamento foi direcionado para a Dataprom. Na audiência de abertura dos documentos de habilitação e propostas nenhuma outra empresa compareceu, pois sabiam que estava direcionada a licitação.

Os valores praticados à época estavam muito superiores a das demais concorrentes. Tanto que hoje um validador – equipamento que faz a leitura dos cartões instalado na catraca dos ônibus – que foi comprado por R$ 12.000,00, custa R$ 4.000,00. A licitação da Bilhetagem eletrônica custou aos cofres municipais R$ 20 milhões.

Também mostrada na reportagem a empresa Perkons foi que instalou as barreiras eletrônicas – sem licitação – na administração de Pádua Nazareno, na Semtur. A Perkons tinha um contrato com o Detran-MA, que foi subrogado pela prefeitura.

Atualmente, os serviços de barreiras eletrônicas são realizados pela EIT, e os dos fotosensores (pardais nos semáforos) pela empresa Fotosensores Tecnologia Eletrônica, contratos assinados pelo ex-secretário Canindé Barros. Desde o início do governo João Castelo, a empresa Consladel oferece serviços de barreiras eletrônicas e radares, mas ainda não foi contratada.

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