sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

PREFEITO DA BARRA DO CORDA PROCURADO PELA POLÍCIA FEDERAL

A Polícia Federal (PF) já cumpriu nove mandados de prisão e os 18 de busca e apreensão da Operação Astiages. A operação investiga desvio de recursos público da prefeitura de Barra do Corda, comandada por Francisco Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, pai do deputado estadual Rigo Telles (PV).

Além do prefeito Nenzim, estão foragidos a sua esposa Francisca Teles de Sousa e o empresário João Batista Magalhães. Os mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em Barra do Corda e São Luís.

Já foram presos Sandra Maria Telis de Sousa (filho); Inamar Araújo Medeiros (genro); Pedro Alberto Telis (filho); Janaína Maria Morena Simões de Sousa (nora); Moacir Mariano Silva (laranja); Luís Marques de Sousa, o Luizinho da Cemar (laranja); Quintino Gomes da Silva, o Peba (laranja); Gilson da Silva Oliveira (laranja) e José Aucivan da Silva (laranja)

De acordo com a PF, as pessoas que estão sendo presas formam uma organização criminosa, com um núcleo e laranjas. Somente os dois principais integrantes da quadrilha movimentaram irregularmente R$ 50 milhões entre 2005 e 2010. Já foram recolhidos pela PF um helicóptero, um avião, carros de luxo, joias e uma caixa repleta de relógios de luxo.

Os presos, políticos do Maranhão, são acusados de desvio de recursos públicos, e foram transferidos para a sede da Superintendência da Polícia Federal, em São Luís.

O Tribunal Regional Federal, com sede em Brasília, foi que decretou a prisão do prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzim, como ele é mais conhecido.

O TRF acatou pedido do Ministério Público Federal por causa de denúncias de desvios de recursos dos programas federais. O processo vem rolando há alguns anos.

O pedido foi através de uma carta precatória com ordem de prisão. Nenzim permanece foragido. Desde o início do ano ele não tem mais comparecido ao município que administra.

De acordo com a assessoria do Tribunal de Contas da União Manoel Mariano Souza foi condenado a devolver R$ 1.624.238,86 aos cofres do Tesouro Nacional, por não comprovar a correta aplicação de recursos públicos federais repassados ao município.

Além de o parecer técnico verificar a inexecução de vários itens, modificações previamente não autorizadas e suposta realização de serviços não previstos, nenhum dos 15 cheques mencionados na relação de pagamentos tinham como destinatária a empresa de construção contratada, Ecinza Engenharia Mecânica Ltda. Os beneficiários dos pagamentos eram a própria prefeitura e o filho de Nenzim, que foi secretário de obras na primeira gestão dele como prefeito.

A verba foi transferida, por convênio, para obras de contenção de encostas e recuperação de áreas degradadas no município. Souza ainda terá de pagar multa de R$ 70 mil, também aos cofres do Tesouro Nacional em 15 dias. A empresa de construção foi declarada inidônea, pelo prazo de cinco anos.

A cobrança judicial da dívida foi autorizada. Cópia da documentação foi encaminhada à Procuradoria da República no Maranhão para adoção das providências cabíveis. Cabe recurso da decisão. O ministro Augusto Sherman Cavalcanti foi o relator do processo.
Mais recentemente, a prefeitura de barra do Corda apareceu para ser contemplada por emendas parlamentares que serão para aplicar na infraestrutura de Turismo da cidade, ao valor de mais de R$ 8 milhões.

Existe desconfiança de que lobistas autuaram em favor da prefeitura para que as emendas empenhadas pelo Ministério do Turismo sejam despejadas nos cofres daquela cidade.

Do Blog do Itevaldo

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